São Paulo 19 de Outubro de 2020.
Seres feitos de Inteligência Artificial com Inteligência Emocional atuando com propósito e ainda fazendo a transformação humana que as empresas tanto precisam em seus ecosistemas digitais.
Obrigado Pixel pelo convite e pela honra.
Transcrição do vídeo
Marcas Novos seres inteligentes .
Meu nome é Ricardo Figueira, tenho 49 anos, há 26 anos trabalho com transformação de negócios e marcas, no Brasil e e na Europa. Hoje sou sócio- fundador da Figtree. uma empresa que une inovação, comunicação e A.I.experience em uma única disciplina que a gente chama de “transformative imagination. É isso que nos permite criar novas oportunidades pra marcas e negócios no mundo de hoje.
É fato que a nossa sociedade tá passando por um momento muito peculiar. Não só por causa da epidemia, mas por toda a transformação e disrupção que a gente vive.
Algumas teorias dizem que o nosso córtex ainda não evoluiu o suficiente para lidar com a quantidade de informações que estamos processando, vivenciando e tentando considerar no dia-a-dia para construir as nossas guias racionais, emocionais e sociais.
Outras teorias dizem que o nosso córtex tá mais do que pronto, e que a gente só usa no máximo 10% de tudo, porque o nosso ego age como freio de mão na nossa evolução cerebral.
Verdade ou não, nem tudo é glória ou desgraça.
Ninguém fala disso mas, hj nós somos vítimas de uma bagunça tecnológica dos novos tempos, uma fragmentação de canais, de apps, de sites, de números de telefones, e de uma redundância digital que nos gera muita ansiedade, desespero e as vezes mais problemas do que solução.
E ainda há quem diga que é preciso criar um processo de inclusão digital. As pessoas já estão pra lá de digitalizadas, até quem não sabem escrever hoje usa sua voz disruptivamente. O que a gente precisa é de um processo de humanização do mundo digital nas empresas.
Isso é uma oportunidade muito interessante para a evolução desse ser que não é humano, mas tem tudo pra ser. Esse ser que eu vou falar hoje é a marca.
Ao combinar inteligência artificial com inteligência emocional em plena consciência podemos desfazer essa bagunça digital na vida das pessoas de uma forma muito natural. É como se pudessemos reverter toda essa redundância e fragementação digital num Big Bang ao contrário, onde milhões de unidades pulverizadas, se tornasse uma. Uma só, agindo do mesmo jeito, onde quer que eu vá.
Imagine que a partir dessa unidade a gente cria um ser único, capaz de se relacionar, de ouvir, de entender contextos e acima de tudo assumir personalidade, caráter e a virtude do propósito de uma empresa.
As pessoas desde muito novas, possuem uma latente necessidade de se relacionar com outros seres, desde pequenos temos nossos amigos invisíveis, outras vezes, elegemos seres inanimados nossos confidentes (teddy bear) mais íntimos. E a verdade é que até os seres mais esquisitos (E.T.) são capazes de conquistar os nossos corações.
Às vezes alguns seres meio humanos nos surpreendem com seus conflitos (Dart Vader), outros vem criando laços conosco independente da linguagem. Beep Beep. (Papa-Léguas). As vezes um ser como um robot pode ser super inteligente e falar perfeitamente a sua língua mas ser um trapalhão, Lembra do CP-3O, enquanto outras vezes, um robot que não fala uma palavra se quer, apenas expressas ruídos podem se tornar nossos maiores heróis, porque com lealdade fazem só aquilo que importa na hora certa. R2-D2. Muitas vezes a estética, não necessariamente é a conexão mais importante, eu sei que a publicidade brasileira não está acostumada com isso mas uma estética fora do padrão com um jeito errado de falar pode criar mais afetividade que qualquer outro personagem perfeito. Nesse caso, o Yoda, ele fala tudo ao contrário.
E isso se aplica a tudo no reino da Inteligência Artificial.
Imagina o modelo mais primitivo de robot que existe, um especialista em repetição. Uma torradeira.
Agora imagina colocar dois olhinhos nesse aparelho e uma boquinha que sorri toda vez que uma torrada fica pronta.
Isso muda tudo.
Quem se lembra de Hall do filme 2001, uma odisséia no espaço. Sem olhos, sem membros ou formas, apenas uma luz era capaz de criar uma presença significante.
Isso tudo é inteligência emocional e social, uma capacidade de criar uma identidade viva associada a um propósito, um caráter, uma habilidade, uma companhia.
De fato a transformação de uma marca nesse movimento de se tornar um facilitador, e acima de tudo uma boa companhia útil pode assumir as mais diversas características do mundo.
Você deve estar se perguntando e seres invisíveis? Vale a pena uma marca se tornar um ser invisível, que só tem um nome e uma voz além da consciência virtual?
Na minha opinião, os invisíveis são os mais poderoso dos seres. Basta dizer, que os seres invisíveis são os seres que os humanos mais idolatram, veneram e também os que eles mais temem. Provavelmente porque o ser invisível tem a forma da imaginação das pessoas e por isso elas não sabem o que esperar.
Os seres invisíveis Demandam muito mais habilidade estratégica na sua execução pra gerar reconhecimento e personalidade. Mas tem um potencial gigantesco.
Por exemplo: Eu estou desenvolvendo uma história entre um menino de 12 anos e uma A.I., chama-se JP and Julia. Serão vários epsódios de 2 minutos, mas nesse que eu vou mostrar pra vocês, ocorre uma troca de aprendizado muito grande e mais do que isso um exercício de uma inteligência colaborativa, construída entre humano e máquina. PLAY
Outro ser invisível é a Samanta do filme Her, lembram?
E no mundo real quem conhece aqui a Alexa, O Google Assistant ou a BIA do Bradesco. Aliás a Bia do Bradesco, a gente trabalha estratgicamente com ela há mais de 2 anos. Eu posso dizer que todos seres invisíveis são possíveis de construir um relacionamento produtivo muito profundo.
Apesar de eu ter falado sobre vários aspectos das personificações de uma inteligência artificial com inteligência emocional o mais importante é a sua capacidade de se comunicar. E pra isso é preciso o contrário do que se imagina, o falar não é o mais importante, mas a capacidade de ouvir e enxergar muito bem. É preciso sensibilidade para observar, pra sentir o que as pessoas precisam.
Aliás, Essa é a grande vantagem de uma marca grande se tornar um ser virtual. Poder utilizar a interface mais natural que existe, o diálogo, através da voz ou através do diálogo escrito mesmo.
A gente precisa parar de pensar num app novo pra tudo. Hoje quanta coisa poderia acontecer num mecanismo de mensagem, seja no whatsapp, num google Assistant, na siri, no seu ser virtual preferido, o mais divertido, o mais mau-humorado, na sua plataforma preferida.
Essa desmaterialização de tela, também ajuda na redução da necessidade das pessoas precisarem reaprender novas interfaces diferentes. Até mesmo os erros de sistema poderiam ser perdoados mais facilmente, afinal a gente perdoa quem a gente gosta.
Pra Inteligência Artificial, a chave de tudo é empatia, em todos os níveis, do dono da empresa, do gestor da Inteligência Artificial dentro da empresa, do time de experience design, do programador e por consequência a empatia da personalidade da Inteligência Artificial. Hoje as pessoas sentem na pele o nível de importância que cada empresa dá pra ela na forma como ela trata a pessoa, ainda que digitalmente.
Pra construir potenciais seres chamados marcas, articulando, dialogando, inspirando ou resolvendo os problemas das pessoas é preciso propósito, nativo, natural, não artificial.
Como diz um médico-cientista muito inovador que eu admiro: a evolução dos animais é natural, ela ocorre pela sobrevivência. A dos humanos, é diferente ela ocorre pela gratificação. Mas não deveria haver gratificação maior para uma marca do que o cumprimento do seu propósito? Eu duvido que exista uma marca séria que não busque no seu propósito a empatia com os seus clientes.
Por fim, eu aproveito a oportunidade pra sugerir um movimento:
Vamos começar a utilizar a nossa capacidade de dialogar para criar marcas que ouvem, dialogam e eliminam as barreiras com os humanos, mas principalmente vamos usar essa nossa abençoada interface nativa que é o diálogo para nos reaproximar independentemente das nossas diferenças. Isso nos tornan mais tolerante e mais humano, seja, digitalmente, emocionalmente ou socialmente.
Muito obrigado.
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